segunda-feira, 15 de novembro de 2010

A realidade econômica do Equador


Hoje fui à Universidade San Francisco de Quito e me deparei novamente com um cenário que tem me surpreendido aqui no Equador: o poder econômico dos equatorianos. A universidade é, com certeza, a mais bonita que já visitei. Dentro - além das salas de aula - um lago, uma casa japonesa, um restaurante tailandês, um italiano, um mexicano, uma lanchonete estilo fast-food e uma loja da apple. Os estudantes pagam por volta de 6 mil dólares por semestre, o que não foge muito de faculdades como FGV, Insper e ESPM, mas que representa muito para um Equatoriano (tendo em vista que o custo de vida aqui é consideravelmente mais baixo). Como dito, esse é um cenário com o qual tenho me deparado constantemente aqui no Equador: carros de luxo nas ruas, cidade bem planejada, universidades com infra-estrutura muito boa etc. Mas o Equador não é um país que vive certa dificuldade econômica?



Bem, foi conversando hoje com o coordenador nacional da Iaeste (organização com fins similares à AIESEC que está nos dando apoio em Quito) Jorge Pinto que tive a oportunidade de entender um pouco o que se passa por aqui. Quito é a segunda maior cidade do Equador, tendo por volta de 2 milhões de habitantes. O que passa é que tudo o que conheci da cidade é o lado norte, aonde vivem cerca de 800 mil habitantes. Este lado, que equivale em território a umas duas cidades e meia de Florianópolis, estão os (poucos) equatorianos que podem ser considerados classe média alta. E assim é a realidade no Equador: o norte de Quito, parte de Guayaquil (que não é a capital, mas é a cidade mais importante economicamente do país) e de Cuenca tem boas condições de vida - além, é claro, de alguns casos mais isolados em outras cidades do país. Isso somaria, segundo o Jorge, cerca de 3mi de habitantes. Os outros 10mi, nesse caso, poderiam ser considerados classe média baixa e, em sua maioria, pobres. Bom, fica claro que eu tenho que viajar um pouco mais pelo país para realmente conhecer o Equador.

Uma curiosidade é que aqui também é ano de censo. E, para fazer isso, todos os Equatorianos estão proibidos de sair de suas casas durante um período de 10 horas para que os recenseadores façam suas visitas. Caso saiam, a polícia os recolhe e os encaminha para suas respectivas casas. Caso saiam e não tenham a identificação, a polícia prende. Eu ainda não sei se a restrição também vale para estrangeiros, mas não adianta muito sair de casa num dia que pode ser considerado morto...

Plaza Foch - Nessa sexta, depois de passarmos o dia na Universidad de Las Americas, eu e o Jorge fomos à Foch tomar uma cerveja com as amigas. Aprendi a bailar salsa, por mais homoafetivo que isso pareça.

Arturo - o ex-quinto membro da AIESEC no Equador veio passar o final de semana aqui na casa com a gente. Foi legal conhecer mais um equatoriano, além do fato de ele ser bacharel em turismo e ter me garantido que vamos conhecer todo o Equador.

Updates do trabalho - a promoção das eleições para o comitê nacional aqui já foram lançadas. Sexta chegaram os materiais da Tata para que eu possa começar a trabalhar a promoção deles, e o programa na Universidad San Francisco já tem 6 candidatos.

Frio - tá frio.

Beijos!

2 comentários:

  1. A realidade econômica do Equador não foge muito do que temos em grande parte do nosso país né... se for contar nossa população de classes média-baixa e baixa, provavelmente teremos uma proporção similar. Deve ser um mal latino-americano... mais uma coisa em comum com nossos hermanos!! Muito massa o post! Tenho uns amigos que adorariam dançar salsa com você HAHAHAHA

    ResponderExcluir
  2. Adorei seu Blog!!Quando acabei de ler fiquei com gostinho de QUERO MAIS! Quero mais mesmo! Voce tem o dom da escrita, explore!! Manda bala! Bjos com saudades!

    ResponderExcluir