segunda-feira, 25 de outubro de 2010

50 anos em 5. Ou em 12 horas.


JK, quando propôs o plano de aceleração econômica brasileira baseado na frase “50 anos em 5”, certamente teve como insp

iração a espera por uma conexão no aeroporto. As 12 horas que passei no aeroporto internacional de Lima com certeza me trouxeram alguns anos a mais internamente.

Depois de ter passado uma grande semana em São Paulo, tendo recebido as notícias de que a partir do ano que vem serei diretor da AIESEC na USP, além da aprovação no curso de marketing na USP leste, acordei às 4:00 da manhã do domingo, dia 24 de outubro, para ir ao aeroporto internacional de São Paulo. O voo TA 137 da TACA Peru saiu às 7:25 de São Paulo, pousando em Lima às 9:05 no horário local – 12:05 no Brasil. No voo, agradeci demais ao meu agente de viagens que me reservou a janela: a paisagem foi uma das coisas mais deslu

mbrantes que já vi em minha vida. As cordilheiras ultrapassavam o lim

ite das nuvens e pareciam quase encostar no avião. Vou colocar algumas fotos aqui numa tentativa inútil de demonstrar a vista que eu tinha naquele momento. Marcelo, cara, se você algum dia chegar a ler esse blog: muito obrigado mesmo!

Chegando ao aeroporto, saí lentamente em direção à área de conexões. Passei algum tempo no freeshop e nas lojas, paguei 14 dólares num cartão telefônico (admito, fiquei nervoso pelo meu espanhol e me deixei levar), tentei algumas vezes ligar para casa e, sem sucesso, decidi almoçar. Fui a um dos restaurantes e

pedi um Steak Frite - que pedi com o meu maior sotaque inglês para depois perceber que Frite não é uma palavra anglofônica - e uma cerveza Cusqueña. Não surpreendentemente, tudo estava muito bom – afinal, se eu tivesse pago 23 dólares numa refeição que nã

o me agradasse…(aliás, agora pensei e aquela refeição não valeu 23 dólares).

Após o almoço, percebi

que eram 13:00 passadas aqui em Lima – 16:00 passadas em São Paulo. Hora estratégica para comprar acesso ao wireless e acompanhar o jogo do Corinthians! Seria redundância falar aqui que, obviamente, o Corinthians deu um show e aniquilou o Palmeiras sem dó nem piedade, com shows do Falcão Negro Jucilei e dos imperadores Bruno e Julio César. Após a partida, contato rápido com Florianópolis, cochilo nas cadeiras do aeroporto, comecei

a escrever este blog, trabalhei um pouco…Está na hora de pegar o voo TA 043 com destino a Quito!

Cheguei em Quito pouco mais de 00:05, horário local. A Stéphanie e o Luis, uma francesa e um brasileiro, vieram me receber e me levaram para casa! No próximo post dou mais detalhes sobre a nossa casa/escritório, que é muito boa por sinal!


Beijos

Mãe, tô na guerrilha!

Criei este blog com o objetivo de relatar as minhas experiências nestes 3 meses trabalhando pela AIESEC no Equador. Se você chegou aqui quer dizer que você me conhece, então vou poupar o meu e o seu tempo e não me apresentar. Se não conhece, não vai ser essa descrição que vai tornar este blog menos/mais interessante.

O nome do blog se deve ao fato de o Equador ter entrado em estado de exceção exatos dois dias depois de eu ser escolhido para trabalhar aqui. E, desde então, o que mais tenho ouvido quando conto sobre esta oportunidade são comentários do tipo: “mas tá tudo em guerra lá”, “você vai fazer o quê no Equador, não tinham vagas nos Estados Unidos?” e, até mesmo, “vai guerrilhar?”. Sim, ficou tudo em estado de exceção, mas as coisas já voltaram ao normal (segundo meus bravos colegas de escritório!). Sim, haviam vagas nos Estados Unidos, mas a experiência cultural que acredito que vá ter no Equador, aliado ao fato de a vaga aqui ser muito mais interessante, me fizeram optar por esta experiência. E tenho certeza que não vou me arrepender.

Em Quito, meu trabalho será o seguinte: a AIESEC no Equador fechou uma cooperação com a Tata, na Índia, para recrutar e enviar 10 intercambistas para trabalhar durante um ano como programadores. Para isso, eles me selecionaram para viabilizar um evento para os estudantes com o objetivo de se posicionar dentro das universidades para que mais tarde eu possa recrutar os estudantes previstos, treiná-los e enviá-los para a Índia para viverem uma experiência que vai mudar a vida deles por completo. Muito melhor que a vaga de designer de newsletters que o Estados Unidos tinham disponível, certo?

Acredito e vou, de coração, tentar manter este blog vivo durante os próximos 3 meses; mas eu nunca tive muita paciência nem comprometimento com esse tipo de coisas. Então aproveite cada post como se fosse o último porque ele pode, de fato, ser. Espero que a experiência esteja a altura das expectativas criadas até aqui!

Beijos,

P.S.: Este post foi escrito durante minha espera de 12 horas por uma conexão no aeroporto de Lima. Isso justifica dois fatos principais: a. O fato de eu ter me confundido diversas vezes sobre o meu status atual; e b. o fato de eu ter escrito um post tão grande. Sério, eu não tenho paciência pra essas coisas, não se acostume.