quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Porque Eloy Alfaro?

Tudo aqui no Equador tem o nome dele. Até quando em uma entrevista eu perguntei a um Equatoriano qual havia sido o fato mais importante do Equador, Eloy Alfaro estava lá, firme e forte.

Ele foi presidente do país por duas vezes, entre 1985 e 1901 e entre 1907 e 1911. Foi assassinado em 1912, provavelmente pelos motivos citados aqui há alguns posts atrás (leia mais em "O temperamento como traço cultural do Equador). Dois de seus atos mais importantes foram a Revolução Liberal Equatoriana, na qual sepraram-se Estado e Igreja; e - o mais comentado - a construção de uma Ferrocarril (linha férrea) entre Guayaquil e Quito, que (segundo o que eu entendi) ajudou muito no desenvolvimento do país.

Porque Eloy Alfaro foi quem conseguiu construir essa ferrocarril? Certamente ele não era a única pessoa que se incomodava com a falta de ligação entre as duas maiores cidades do Equador, e certamente ele não era a única pessoa que tinha em mãos a possibilidade de fazer isso. Porque é que justamente ele foi quem conseguiu realizar esse feito, e porque é que ele tinha diversas pessoas que o apoiavam? Mais questionamentos como este e as respostas estão no vídeo abaixo, muito interessante para quem se interessa por liderança.




Amanhã to indo pra Guayaquil, a maior cidade do Equador (apesar de a capital ser Quito). Vou dar alguns treinamentos para os membros de lá sobre branding e recrutamento. Volto na segunda e escrevo como foi!

Festas de Quito - é o evento mais importante do país, algo como o Carnaval. A Plaza Foch ficou fechada com shows grátis, e todos estavam em Chivas - uma espécie de festa em cima de um caminhão, inclusive eu. Depois das Festas de Quito, sempre temos um feriado na segunda-feira. O que me levou ao...

Parque Carolina - o Central Park de Quito. É realmente muito bonito, e foi bom para conhecer ainda mais da cultura Equatoriana, de como se comportam, de como se divertem, de como passam um feriado em família. E é completamente igual à maneira que a gente faz tudo isso, mesmo que de uma maneira completamente diferente.

Updates do trabalho - já recrutei 3 pessoas para fazer intercâmbios (o que significa 15% de tudo o que foi feito de intercâmbios até agora, acredite, é um bom número). Semana que vem mais duas entrevistas, e espero que a visita em Guayaquil me ajude também. No Brasil acabou minha experiência como membro do time nacional de suporte à comunicação, mas acabo de ser eleito coordenador nacional de Comunicação para Intercâmbios para Estudantes.

Obrigado a quem tem comentado, beijos!

terça-feira, 30 de novembro de 2010

O Andarilho e o Caranguejo

Certa vez, estava caminhando na praia e me deparei com um vendedor de caranguejos. Em sua frente, haviam 3 bacias com os bichos. Percebi que apenas duas estavam com tampa, e resolvi perguntar ao vendedor o porquê disso. Eis que ele me responde:
- É que essa primeira aqui, são caranguejos vindos dos Estados Unidos. Se você deixá-los sem tampa, eles se escalam e conseguem sair.
- A segunda, continuou, são caranguejos vindos do Japão. Se você deixá-los sem tampa, eles também dão um jeito de sair da bacia.
- E este terceiro, porque está sem tampa? - perguntei.
- É que estes são caranguejos Equatorianos. É só um conseguir chegar lá em cima e os outros o puxam de volta!

- História contada por Igor Chacón, da Fundação Crece Ecuador, no Leadership Development Seminar - e que também se aplica ao Brasil(?).

Leadership Development Seminar que, aliás, foi muito legal. Uma foto com o Gerard
o Yela, diretor da Telefonica no Ecuador e anão:

As semanas andam bem ocupadas por aqui, mas eu vou tentar postar um pouco mais - nem que seja pra postar besteiras como estas :)

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

A realidade econômica do Equador


Hoje fui à Universidade San Francisco de Quito e me deparei novamente com um cenário que tem me surpreendido aqui no Equador: o poder econômico dos equatorianos. A universidade é, com certeza, a mais bonita que já visitei. Dentro - além das salas de aula - um lago, uma casa japonesa, um restaurante tailandês, um italiano, um mexicano, uma lanchonete estilo fast-food e uma loja da apple. Os estudantes pagam por volta de 6 mil dólares por semestre, o que não foge muito de faculdades como FGV, Insper e ESPM, mas que representa muito para um Equatoriano (tendo em vista que o custo de vida aqui é consideravelmente mais baixo). Como dito, esse é um cenário com o qual tenho me deparado constantemente aqui no Equador: carros de luxo nas ruas, cidade bem planejada, universidades com infra-estrutura muito boa etc. Mas o Equador não é um país que vive certa dificuldade econômica?



Bem, foi conversando hoje com o coordenador nacional da Iaeste (organização com fins similares à AIESEC que está nos dando apoio em Quito) Jorge Pinto que tive a oportunidade de entender um pouco o que se passa por aqui. Quito é a segunda maior cidade do Equador, tendo por volta de 2 milhões de habitantes. O que passa é que tudo o que conheci da cidade é o lado norte, aonde vivem cerca de 800 mil habitantes. Este lado, que equivale em território a umas duas cidades e meia de Florianópolis, estão os (poucos) equatorianos que podem ser considerados classe média alta. E assim é a realidade no Equador: o norte de Quito, parte de Guayaquil (que não é a capital, mas é a cidade mais importante economicamente do país) e de Cuenca tem boas condições de vida - além, é claro, de alguns casos mais isolados em outras cidades do país. Isso somaria, segundo o Jorge, cerca de 3mi de habitantes. Os outros 10mi, nesse caso, poderiam ser considerados classe média baixa e, em sua maioria, pobres. Bom, fica claro que eu tenho que viajar um pouco mais pelo país para realmente conhecer o Equador.

Uma curiosidade é que aqui também é ano de censo. E, para fazer isso, todos os Equatorianos estão proibidos de sair de suas casas durante um período de 10 horas para que os recenseadores façam suas visitas. Caso saiam, a polícia os recolhe e os encaminha para suas respectivas casas. Caso saiam e não tenham a identificação, a polícia prende. Eu ainda não sei se a restrição também vale para estrangeiros, mas não adianta muito sair de casa num dia que pode ser considerado morto...

Plaza Foch - Nessa sexta, depois de passarmos o dia na Universidad de Las Americas, eu e o Jorge fomos à Foch tomar uma cerveja com as amigas. Aprendi a bailar salsa, por mais homoafetivo que isso pareça.

Arturo - o ex-quinto membro da AIESEC no Equador veio passar o final de semana aqui na casa com a gente. Foi legal conhecer mais um equatoriano, além do fato de ele ser bacharel em turismo e ter me garantido que vamos conhecer todo o Equador.

Updates do trabalho - a promoção das eleições para o comitê nacional aqui já foram lançadas. Sexta chegaram os materiais da Tata para que eu possa começar a trabalhar a promoção deles, e o programa na Universidad San Francisco já tem 6 candidatos.

Frio - tá frio.

Beijos!

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Quer uma experiência empreendedora de um ano? Aplique-se para o Comitê Nacional do Equador

Posso dizer com certeza que essa é uma das experiências mais desafiadoras que conheci. A AIESEC no Equador tem poucos membros e muito a crescer. Aqui você terá espaço para inovar e, com certeza, trazer muito impacto para o País.



Para quem tem acesso à MyAIESEC.net, segue o link da wiki AIESEC in Ecuador elections. Se você pensar em se aplicar, pode conversar comigo que eu ajudo numa boa :)

Beijos,

terça-feira, 9 de novembro de 2010

O temperamento como traço cultural do Equador

Neste final de semana, fui a um treinamento de membros novos da AIESEC em Quito, que fica na Pontifícia Universidad Católica Ecuatoriana. Neste treinamento, chamado aqui no Equador de Seminario de Motivacion e Formacion, tive a oportunidade de facilitar uma sessão sobre a minha experiência de liderança no Brasil, e como aquilo havia agregado para minha formação como profissional. A sessão foi em portunhol, mas o pessoal pareceu entender como uns 80%.

Além desta experiência, o SEMOFO também me permitiu observar outro aspecto muito presente na cultura Equatoriana: o temperamento forte. Durante o evento, ocorreram alguns desentendimentos entre o Presidente da AIESEC PUCE, Stalin, e o Comitê Organizador, formado pelo Alejandro e pelo Edward. Ao final do evento fomos eu, o comitê organizador e o corpo executivo da AIESEC PUCE a uma sala para "aparar as arestas". Pelo que eu entendi, já que apenas entendo 70% do que o pessoal fala por aqui, ambos tinham suas razões. Enquanto o Comitê Organizador havia passado por cima de ordens do Corpo Executivo, o Presidente também havia se exaltado na frente dos membros e sido autoritário. Quando Stalin sugeriu que iria convocar uma assembléia para pedir o desligamento do Alejo e do Edward, ambos levantaram-se e demitiram-se na mesma hora. Os equatorianos, ao que me parece, não suportam situações em que seus valores e suas crenças são colocados à prova, e vão até as últimas consequências para garantir o que, na visão deles, seria sua honra.

E assim tem sido em algumas situações aqui no País. Logo que cheguei, um dos membros da diretoria nacional da AIESEC no Equador se demitiu, alegando motivos que não valem a pena ser expostos mas que também feriam o que ele considerava correto. Quando na situação em que Rafael Correa, o Presidente do Equador, teve que declarar estado de exceção no país por causa de uma revolta que - em tese - deveria atingir apenas policiais e militares, o povo estava na rua brigando pelo que considerava o correto. Provavelmente nenhum dos estudantes da PUCE, por exemplo, fosse realmente afetado pela diferença que a mudança nos salários da polícia ia fazer; mas muitos estava ali protestando pelo que, em sua visão, seria justo.

Para mim foi muito interessante verificar este traço que me parece estar arraigado na cultura do país, e que deve explicar o fato de ser um país com histórico recente de ter deposto presidentes do cargo e, até, assassinado alguns. Talvez este esteja sendo o meu maior choque cultural até agora.

Yo te dare Liga hermosa - No sábado eu e o Luís fomos ao jogo da LDU contra o Deportivo Cuenca. O jogo estava sendo considerado como a final do campeonato nacional, já que a Liga estava em primeiro e o Cuenca em segundo. O resultado foi 2x0 para a Liga e a certeza de que se eu montasse um time do bairro em São Paulo a gente não fazia feio no Equatorianão.

Comemoração - Sexta foi aniversário do meu pai, e ele nos ofereceu uma comemoração aqui no Equador. Fomos todos a um restaurante típico do Equador, foi muito bom. Obrigado, pai! Para agradecer, os membros do MC cantaram parabéns para o "Mauricinho" via skype. As fotos estarão em breve no meu flickr, que você pode conferir aí ao lado.

Updates do trabalho - Sentei este final de semana com o Luís para formatar um projeto de Intercâmbios de Desenvolvimento, com data de realização para fevereiro'11. Se você quer vir ao Equador, me contate que esta é a hora :). Posso te garantir que a qualidade do intercâmbio aqui é muito boa. Hoje também saem as postulações para o Comitê Nacional, com todo o material de promoção que eu estou fazendo. Se pensam em se postular para um MC, saibam que aqui é um grande desafio e que vai agregar muito à sua experiência :).

Beijos,



segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Primeira semana no Equador: boa impressão

Hoje completei uma semana de vida Equatoriana, e o saldo até agora não poderia ser melhor. Logo no primeiro dia conheci o resto do time: Jorge, colombiano e diretor de Recursos Humanos e Gabriela, equatoriana e Presidente da AIESEC no Equador completam o time que também tem o Luis, brasileiro e diretor de Intercâmbios; e Stéphanie, francesa e diretora de Relações Externas.

No primeiro dia tivemos uma sessão que alinhou expectativas minhas sobre minha estadia no Equador e, claro, sobre as expectativas deles sobre o meu trabalho. Tudo em espanhol, idioma o qual se torna cada vez mais familiar para mim. Na terça-feira, fui com a Gaby conhecer a Novartis, maior parceira da AIESEC no Equador. Estrutura maravilhosa, e conheci três dos cinco intercambistas que lá trabalham: Viviana e Santiago, ambos colombianos, e o Daniel, mexicano. Tive também uma boa visão da cidade, acabei conhecendo um dos maiores parques aqui e também fomos ao ministério das relações exteriores.

Na quarta-feira, tivemos uma ótima capacitação sobre empreendedorismo com a Crece Ecuador. Nesta sessão, pudemos ter idéia de o porquê do país, apesar de ser um dos que mais empreendem, ser também um dos que tem a pior qualidade de empreendedorismo. Passamos por diversos aspectos da cultura equatoriana até, finalmente, discutir quais são os caminhos certos para se abrir um novo negócio. Na quinta, tive meu primeiro contato com o pessoal do escritório da Pontifícia Universidad Católica del Ecuador (PUCE), no aniversário de uma das membras, Carolina. O aniversário foi muito bom, e a noite acabou comigo, a Stéph e o Luís na Plaza Foch tomando uma cerveja Pilsener.

Sexta-feira foi o dia da noite brasileira aqui na casa. Eu e o Luís preparamos arroz, feijão, linguiça e mandioca frita – além, é claro, das caipirinhas. Vieram o Santiago, a Viviana e o Daniel, além do pessoal que mora na casa. No sábado, o pessoal me levou ao centro histórico de Quito. Que cidade maravilhosa! Por todos os cantos que se olha a paisagem é bonita, graças aos desníveis e arquitetura bem conservada. Conhecemos o palácio do governo, a Ronda (como uma rua gastronômica da cidade), o centro de cultura Equatoriana… tudo muito bonito, mesmo. À noite, nos defrazamos e fomos comemorar o halloween na Plaza Foch. No domingo fiqueiem casa, acompanhando a vitória da minha candidata à presidência! E, por fim, hoje eu e o Luís demos uma volta pela cidade e jogamos um pouco de basquete aqui na quadra de casa. Os dias por aqui tem sido bem tranquilos!

Bom, é claro que tudo isso vem acompanhado de trabalho. No caso dessa semana, ainda não muito. Tive uma agenda de transição com o comitê nacional que passou pela história Equatoriana, cultura de estudantes no país, capacitação sobre a Tata e o programa de intercâmbios que faremos, história da AIESEC no Equador etc. Nesta última, aliás, pude entender um pouco da realidade da organização no país (no qual está presente há 46 anos) e sua atual relevância. Muito bom e muitos bons inputs para trabalhar a divulgação dos programas de intercâmbio. Na sexta-feira comecei a realmente pegar no pesado, trabalhando as peças que vão ser utilizadas na divulgação dos programas de intercâmbio e também na divulgação das eleições para a diretoria nacional, que já acontecem neste mês de dezembro.

Aqui no Equador, o feriado vai até quarta-feira (além do dia de los muertos, também comemora-se a Independência de Cuenca, no dia 3 de novembro). Por isso, só voltamos a trabalhar na quinta-feira, quando eu devo começar a trabalhar efetivamente na Universidad San Francisco, cuidando do recrutamento. Essa semana devo começar a postar com mais frequência, então fique atento ao blog!

Pra quem quiser acompanhar as fotos, estou colocando-as todas no Picasa!

Beijos,

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

50 anos em 5. Ou em 12 horas.


JK, quando propôs o plano de aceleração econômica brasileira baseado na frase “50 anos em 5”, certamente teve como insp

iração a espera por uma conexão no aeroporto. As 12 horas que passei no aeroporto internacional de Lima com certeza me trouxeram alguns anos a mais internamente.

Depois de ter passado uma grande semana em São Paulo, tendo recebido as notícias de que a partir do ano que vem serei diretor da AIESEC na USP, além da aprovação no curso de marketing na USP leste, acordei às 4:00 da manhã do domingo, dia 24 de outubro, para ir ao aeroporto internacional de São Paulo. O voo TA 137 da TACA Peru saiu às 7:25 de São Paulo, pousando em Lima às 9:05 no horário local – 12:05 no Brasil. No voo, agradeci demais ao meu agente de viagens que me reservou a janela: a paisagem foi uma das coisas mais deslu

mbrantes que já vi em minha vida. As cordilheiras ultrapassavam o lim

ite das nuvens e pareciam quase encostar no avião. Vou colocar algumas fotos aqui numa tentativa inútil de demonstrar a vista que eu tinha naquele momento. Marcelo, cara, se você algum dia chegar a ler esse blog: muito obrigado mesmo!

Chegando ao aeroporto, saí lentamente em direção à área de conexões. Passei algum tempo no freeshop e nas lojas, paguei 14 dólares num cartão telefônico (admito, fiquei nervoso pelo meu espanhol e me deixei levar), tentei algumas vezes ligar para casa e, sem sucesso, decidi almoçar. Fui a um dos restaurantes e

pedi um Steak Frite - que pedi com o meu maior sotaque inglês para depois perceber que Frite não é uma palavra anglofônica - e uma cerveza Cusqueña. Não surpreendentemente, tudo estava muito bom – afinal, se eu tivesse pago 23 dólares numa refeição que nã

o me agradasse…(aliás, agora pensei e aquela refeição não valeu 23 dólares).

Após o almoço, percebi

que eram 13:00 passadas aqui em Lima – 16:00 passadas em São Paulo. Hora estratégica para comprar acesso ao wireless e acompanhar o jogo do Corinthians! Seria redundância falar aqui que, obviamente, o Corinthians deu um show e aniquilou o Palmeiras sem dó nem piedade, com shows do Falcão Negro Jucilei e dos imperadores Bruno e Julio César. Após a partida, contato rápido com Florianópolis, cochilo nas cadeiras do aeroporto, comecei

a escrever este blog, trabalhei um pouco…Está na hora de pegar o voo TA 043 com destino a Quito!

Cheguei em Quito pouco mais de 00:05, horário local. A Stéphanie e o Luis, uma francesa e um brasileiro, vieram me receber e me levaram para casa! No próximo post dou mais detalhes sobre a nossa casa/escritório, que é muito boa por sinal!


Beijos

Mãe, tô na guerrilha!

Criei este blog com o objetivo de relatar as minhas experiências nestes 3 meses trabalhando pela AIESEC no Equador. Se você chegou aqui quer dizer que você me conhece, então vou poupar o meu e o seu tempo e não me apresentar. Se não conhece, não vai ser essa descrição que vai tornar este blog menos/mais interessante.

O nome do blog se deve ao fato de o Equador ter entrado em estado de exceção exatos dois dias depois de eu ser escolhido para trabalhar aqui. E, desde então, o que mais tenho ouvido quando conto sobre esta oportunidade são comentários do tipo: “mas tá tudo em guerra lá”, “você vai fazer o quê no Equador, não tinham vagas nos Estados Unidos?” e, até mesmo, “vai guerrilhar?”. Sim, ficou tudo em estado de exceção, mas as coisas já voltaram ao normal (segundo meus bravos colegas de escritório!). Sim, haviam vagas nos Estados Unidos, mas a experiência cultural que acredito que vá ter no Equador, aliado ao fato de a vaga aqui ser muito mais interessante, me fizeram optar por esta experiência. E tenho certeza que não vou me arrepender.

Em Quito, meu trabalho será o seguinte: a AIESEC no Equador fechou uma cooperação com a Tata, na Índia, para recrutar e enviar 10 intercambistas para trabalhar durante um ano como programadores. Para isso, eles me selecionaram para viabilizar um evento para os estudantes com o objetivo de se posicionar dentro das universidades para que mais tarde eu possa recrutar os estudantes previstos, treiná-los e enviá-los para a Índia para viverem uma experiência que vai mudar a vida deles por completo. Muito melhor que a vaga de designer de newsletters que o Estados Unidos tinham disponível, certo?

Acredito e vou, de coração, tentar manter este blog vivo durante os próximos 3 meses; mas eu nunca tive muita paciência nem comprometimento com esse tipo de coisas. Então aproveite cada post como se fosse o último porque ele pode, de fato, ser. Espero que a experiência esteja a altura das expectativas criadas até aqui!

Beijos,

P.S.: Este post foi escrito durante minha espera de 12 horas por uma conexão no aeroporto de Lima. Isso justifica dois fatos principais: a. O fato de eu ter me confundido diversas vezes sobre o meu status atual; e b. o fato de eu ter escrito um post tão grande. Sério, eu não tenho paciência pra essas coisas, não se acostume.